quarta-feira, 19 de julho de 2017

Após morte de atendente de telemarketing da AeC, em João Pessoa, empresa emite nota e nega omissão de socorro

Após a repercussão da morte do atendente de telemarketing Rafael Pinto, 25 anos,  após sofrer um AVC dentro da empresa, a AeC divulgou nota lamentando ocorrido com um dos seus colaboradores.
Em nota, a empresa disse que a “companhia sempre segue as melhores práticas e normas de atendimento para socorrer os colaboradores que, por ventura, se sintam mal durante o período trabalho”.
A nota diz ainda que “em todas as unidades trabalham – 24 horas por dia, os sete dias da semana – pessoal especializado e treinado para disponibilizar atendimentos de urgência. A AeC afirma ainda que prestou todo o apoio necessário ao operador e à família dele, acompanhando os dias que se seguiram após a internação”.
Por sua vez, a empresa disse que se coloca à disposição para colaborar com o que for necessário.
O caso
Rafael Pinto, 25 anos, que passou mal durante o atendimento a um cliente e morreu após passar quase uma hora para ser socorrido. O fato aconteceu na semana passada, mas só veio a público neste domingo (16). A PC investiga se houve uma possível omissão de socorro.
Funcionários disseram que Rafael estava trabalhando na empresa há poucos dias e começou a passar mal após atender a um cliente. “Ele estava com a cabeça baixa e uma colega perguntou o que ele estava sentindo. Após relatar que estava com uma forte dor de cabeça, amigos o colocaram no chão e enfermeiras começaram a prestar socorro”, disse uma das funcionárias.
O Samu foi acionado, mas a atendente disse que não tinha como prestar socorro e indicou que o levasse em um carro particular.
Foi tudo muito rápido. Ele já estava muito branco, suando muito, dai foi veio ao outra colega de trabalho que já e formada em enfermagem, colocou ele no chão, pegou a cadeira e colocou os pés dele em cima. Ela começou a abanar, ele e pediu que todos se retirasse, ligamos para o Samu 3 vezes os mais , simplesmente a enfermeira do Samu disse: ‘pegue um carro e leve ele para o Upa , mas pelos sintomas que ele apresentava , a gente informou que ele não estava tem”
Ainda segundo uma amiga de Rafael, a norma da empresa não autoriza que as pessoas do setor façam  o socorro, mas apenas o atendimento de saúde ou por ordem do superior.
“Ele estava tendo um Avc , mas a enfermeira do Samu não quis nem saber.  O supervisor pegou a chave do carro para poder levar ele para o hospital , só que a norma da empresa não permite que ninguém leve, pois caso aconteça algo com ele vai responder quem levou . Então a empresa deu um vale para pegar um táxi e poder levar ele pra o hospital. Só que teve que esperar alguém da família dele chegar, pra poder levar ele . Sei que ele passou muito tempo para ser socorrido , demorou bastante , mas a gente queria fazer algo, mas as normas não permitiram. Levaram ele para o Upa , depois saíram da UPA e foram para o Trauma, mas quando chegaram lá Rafael já estava em coma. Mas, o tempo que a gente passou com ele na empresa, a gente fez os procedimentos que podíamos fazer. Rafael se queixava de estava com dor, que não sentia mais os braços, de um lado , dizia que a cabeça estava formigando”, relatou a colega.
Fonte: PBHoje

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